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A Historia do CSA

O Centro Sportivo Alagoano ou CSA é um clube brasileiro de futebol, maior recordista de títulos do Campeonato Alagoano de Futebol profissional, com 37 títulos e sua sede está localizada no bairro do Mutange.

O CSA é dono da Maior e Mais Fanática Torcida de Alagoas conhecida como "Nação Fantástica Azulina". Seu rival é o CRB de Maceió, mas também ostenta rivalidade com o ASA de Arapiraca. o CSA tem um vice-campeonato da taça conmebol de clubes (1999) sendo o único clube do norte-nordeste a disputar e chegar a final de uma competição internacional representando o Brasil, sendo vice-campeão da américa do sul.

1913 - A fundação do Centro Sportivo Alagoano

História

O Centro Sportivo Alagoano foi fundado no dia 7 de setembro de 1913 na Sociedade Perseverança e Auxiliar dos Empregados no Comércio, quando um grupo de desportistas, liderado por Jonas Oliveira, se reuniu com o objetivo de criar a agremiação.

O primeiro nome do clube foi Centro Sportivo Sete de Setembro, em homenagem a sua data de fundação, e começou a funcionar na própria sede da Sociedade Perseverança, onde ficavam guardados os seus primeiros barcos. Ali, se formou uma verdadeira academia de atletas, pois o clube dispunha de um corpo de lutadores de boxe, luta greco-romana, além de levantamento de peso, lançamento de dardo e de disco e esgrima. Os esportes náuticos só entraram na história do clube em 1917 e, durante muitos anos, seus associados usaram a Lagoa Mundaú para passeios e competições náuticas.

Não demorou muito tempo e a sede do clube foi transferida para uma das dependências do Palácio Velho, antigo Palácio do Governo. Em seguida, no ano de 1915, mais uma mudança ocorreu e a sede azulina passou a funcionar em um prédio na Praça da Independência, antiga Praça da Cadeia, pertencente ao Tiro de Guerra. Foi aí, inclusive, que o time realizou seus treinos e jogos. O primeiro jogo dos azulinos foi contra uma equipe formada por alagoanos que estudavam em Recife e os azulinos venceram por 3 a 0.

Dois anos após a fundação, aconteceu a primeira modificação do nome do CSA que, de Centro Sportivo Sete de Setembro passou a se chamar Centro Sportivo Floriano Peixoto, em 1915, numa homenagem a José Floriano Peixoto, atleta alagoano de destaque nacional. Torcedores azulinos propuseram, em assembléia geral, a mudança do nome do clube e a proposta do grupo foi aceita.

Definitivamente, no dia 13 de abril de 1918, o time mudou mais uma vez a sua razão social e foi batizado, em assembléia geral, com o nome de Centro Sportivo Alagoano, que de imediato passou a se identificar com o povo alagoano.

O Mutange (Antigo Estádio Gustavo Paiva, hoje CT Gustavo Paiva)

Em seus 89 anos de existência o Mutange foi palco dos maiores acontecimentos esportivos antes do trapichão, os grandes jogos, as grandes decisões tinham como palco o maior estádio da cidade, o Mutange. Foi assim por mais de 40 anos.

Sua historia é cheia de capitulos gloriosos, muitos torcedores choraram de felicidade com as vitorias de seus clubes, outros também choraram com as derrotas e decepções de um titulo perdido, o Mutange foi passarela para muitos craques, serviu para goleadas homericas e jogos inesquecíveis. Lá foram acinalados gols sensacionais, que ainda hoje são lembrados com emoção, no Mutange os jogadores sentiam o calor da sua torcida bem mais perto, muitas vezes nos intervalos alguns atletas se misturavam com a torcida, a mesma torcida que primeiro de bonde, depois de ônibus, ia ao bairro de bebedouro assitir a seus jogos e assitir a seus idolos jogarem, uma época sem muita divulgação por parte da impresa, um período sem muito dinheiro, uma fase do amadorismo puro, um tempo em que havia mais qualidade do que quantidade, um estádio pequeno com poucas acomodações onde seus torcedores no sol e no calor mesmo emprensados junto ao alambrado, ou nas arquibancadas onde o senta e levanta era uma constante, eram vibrantes e entusiasmados.

Foi no estádio do Centro Sportivo Alagoano que se disputou pela primeira vez um jogo noturno em 1934 no Nordeste, clube que pertencia a força e luz colocou 100 refletores no mutange no total de 34.000 velas.

A inauguração do Mutange aconteceu 15 de novembro de 1922, com o CSA enfrentando o Centro Sportivo do Peréz, uma das boas equipes do futebol pernambucano da época, os azulinos venceram por 3x0, e foi Odulfo quem fez o primeiro gol no Mutange.
O time do CSA jogou com Mendes no gol, Rosalvo, Ilario, Campelo e Mimi, Lindolfo, Alirio e Braulio, no ataque Passos, Odolfo e Nelsinho.

Entre 1922 e 1970 muitos espetáculos alegres e tristes foram realizados, foi no Mutange que aconteceu a maior goleada do futebol alagoano, CSA 22 X 0 Esporte Clube Maceio. Foi no dia 28 de janeiro de 1948, com o jogador Caio Mario marcando 10 gols. Foi no Mutange que o CSA aplicou a maior goleada no CRB, o eterno rival: 6x1. Foi no dia 6 de março de 1932. Foi ainda no Mutange que se deu o primeiro jogo internacional em Maceió, Velez Sarsfield da Argentina 1x1 CSA, no dia 23 de dezembro de 1951. Quanta emoção, quanta saudade tem o torcedor de outros jogos que permanecem na memória. Saudade que começou a diminuir quando a diretoria azulina reformou o estádio, e reabriu o Mutange em 1997 para a alegria de todos.

A partir de 2009 o Mutange começou a ser reformado para ser um Centro de Treinamento e não comportará mais jogos do CSA, apenas treinamentos e eventos do clube.

1952 - O Jogo do Xaxado

O clássico contra o CRB da tarde do dia 10 de setembro de 1952 entrou para a história do futebol alagoano e ficou conhecido como o "Jogo do Xaxado". Xaxado é o nome de um ritmo musical do nordeste brasileiro e, na época, era a música do momento das paradas de sucesso. Todo o Brasil dançava o xaxado com Luiz Gonzaga.

O CSA venceu seu mais tradicional adversário pelo placar de 4 a 0. A grande atuação da equipe fez a torcida azulina bater palmas e gritar, ritmicamente, a palavra "xaxado". Curiosamente, o CSA aplicou a goleada justamente no dia do aniversário do rival.

Data: 16 de setembro de 1952
Placar: CSA 4 x 0 CRB (Edgar [2] e Dengoso [2])
Juiz: Waldomiro Brêda
Estádio: Pajuçara
CSA: Almir, Bem e Arestides, Oscarzinho, Zanélio e Neu, Napoleão (Ié), Biu Cabecinha, Dida, Dengoso e Edgar (Bemvindo).
CRB: Levino (Luiz), Helio Ramires (Ferrari) e Miguel Rosas, Netinho, Castanha e Moura, Sansão, Arroxelas (Santa Rita), Dario, Mourão (Zé Cicero) e Zeca.

1973 - Mané Garrincha e o CSA

O grande jogador Garrincha já vestiu a camisa do CSA. Foi somente durante noventa minutos, em partida ocorrida no dia 19 de setembro de 1973, num amistoso contra o ASA de Arapiraca, no Trapichão. Garrincha e Dida jogaram juntos com a camisa azulina. Dias depois, Garrincha jogou outra partida por um clube alagoano, o ASA de Arapiraca.

"Seu Mané" estava se despedindo da torcida brasileira. Seu futebol estava chegando ao fim. Suas pernas tortas já não corriam como antes. Seus dribles já não eram tão eficientes. Mesmo assim, Garrincha jogou e a torcida alagoana entendeu seu drama. Foi intensamente aplaudido em sua noite de despedida.

1980 - Taça de Prata

Era a semifinal da Taça de Prata de 1980. O jogo foi no Estádio Fonte Luminosa e o resultado de 1x0, deu ao time alagoano o direito de disputar o título de campeão da Taça de Prata contra o Londrina e, a sua inclusão, no próximo ano, na divisão de elite do futebol brasileiro.

Para ganhar da Ferroviária o CSA enfrentou muitas adversidades, desde da pressão da torcida local até a visível parcialidade do juiz que, no segundo tempo, expulsou Joca e Alberto Lequelé do clube alagoano. Mesmo com uma ajuda extra, os paulistas não chegaram a meta de Zé Luiz.

No primeiro tempo, a Ferroviária, a rigor, atacou mais que o CSA, entretanto encontrou uma verdadeira barreira na defesa azulina. O CSA, cauteloso, somente ia à frente em contra ataques rápidos e perigosos. E foi assim que aos 39 minutos, Peu lançou para Gilmar que fechava para área e o craque azulino chutou por cobertura e marcou o gol único da partida.

No segundo tempo, a Ferroviária passou a pressionar na base do desespero e teve sua grande chance do empate quando Paulo Borges perdeu uma penalidade máxima. Mesmo com dois jogadores a menos, o CSA soube administrar a vitória.

Data: 7 de maio de 1980;
Placar: Ferroviária - 0 x 1 - CSA (Gilmar);
Estádio: Fonte Luminosa, em Araraquara;
Juiz: Wilson Carlos dos Santos;
Renda: CR$ 435.280,00;
Público: 5.864 pagantes;
CSA: Zé Luiz, Joca, Paulinho, Dick e Luizinho, Ronaldo Alves, Alberto Carioca e Peu (Rogério), Jorginho, Dentinho (Alberto Lequelé) e Gilmar;
Ferroviária: Tião, Carlos (João Carlos), Sabará, Sérgio Miranda e Zé Rubens, Nande,. Zé Roberto (Bispo) e Douglas, Paulo Borges, Toninho e Lavinho.

1982 - CSA 4 x 3 Campo Grande: o jogo da virada

A decisão da Taça de Prata de 1982 foi entre CSA e Campo Grande do Rio de Janeiro. A primeira partida foi no Estádio Rei Pelé no dia 11 de abril. Ficou conhecido como o "jogo da virada".

Um jogo cheio de grandes lances e a movimentação do marcador mexeu com os nervos da torcida azulina. O CSA começou bem, atacando com velocidade e explorando o lado direito do Campo Grande. Foi assim que o clube azulino chegou ao primeiro gol. Romel lançou Américo em profundidade que foi derrubado na entrada da área. O mesmo Romel cobrou de forma sensacional e abriu a contagem. A partir dos trinta minutos, o Campo Grande passou a dominar a partida e o CSA ficou sem saber o que fazer. O zagueiro Jerônimo começou a fazer bobagens. Fez um gol contra aos trinta e oito minutos. Perdeu a bola na entrada da área e permitiu que o Campo Grande marcasse seu segundo gol, e logo depois os cariocas ampliaram para três a um. Este foi o marcador do primeiro tempo. Os azulinos estavam abatidos, dominados e não demonstravam chance de reagir.

Uma conversa no intervalo, entre o técnico Tadeu e jogadores, mexeu com o ânimo dos jogadores. Zé Carlos entrou no lugar de Freitas e Dentinho substituiu Américo. Duas substituições que mudaram o panorama da partida.

A reação começou aos vinte três minutos. Dentinho sofreu uma falta perto da área. Romel cobrou com categoria: 3x2. Os azulinos jogavam bem, dominavam e os cariocas procuravam manter o resultado. Mais cinco minutos e novamente Dentinho foi derrubado dentro da área. E na área é penalti. O grande nome do jogo, Romel, perdeu a penalidade máxima. Chutou e o goleiro Ronaldo defendeu. O jogo seguiu com o CSA procurando o empate. E ele veio numa bola lançada por Zezinho para a área adversária. Romel dominou e com um leve toque deslocou o goleiro carioca. O empate ainda era bom resultado para o Campo Grande. O CSA, porém, queria mais. O

O tempo passava. As oportunidades surgiam e o gol da vitória não chegava. Jorginho se contundiu e teve que sair de campo. O treinador Tadeu José da Costa Lima já tinha feita as duas substituições e o CSA ficou com menos um. Aos trinta e sete minutos uma falta em Dentinho, na entrada da área, criou um pequeno tumulto que culminou com a expulsão do zagueiro Jeronimo. O CSA passava a jogar com nove jogadores. Na cobrança, Ademir tocou para Romel que chutou na barreira. A bola subiu e quando desceu bateu no travessão e voltou para onde estava Zé Carlos, que de cabeça, mandou para as redes do Campo Grande. Estava sacramentada a vitória do CSA. Poucos acreditavam no que viam. A virada de 1x3 para 4x3 estava estampada nos torcedores presentes no Rei Pelé. Logo depois do gol, Dentinho fez falta violenta e foi expulso. Com oito jogadores, foi um sufoco para o CSA garantir o marcador.

Elenco azulino

O time do Centro Sportivo Alagoano que venceu o Campo Grande formou com Joceli, Flávio, Jeronimo, Fernando e Zezinho, Ademir, Jorginho e Romel, Americo (Dentinho), Freitas (Zé Carlos) e Mug.

1999 - A Copa Conmebol

O ano de 1999 foi histórico e inédito para o futebol alagoano. Pela primeira vez, um clube de Alagoas participava de uma competição internacional: a Copa Conmebol.

O regulamento da competição sul-americana naquele ano previa que os representantes brasileiros seriam os campeões de cada competição regional. Como os finalistas da Copa do Nordeste, Vitória e Bahia (campeão e vice, respectivamente), desistiram de participar da Copa Conmebol, a vaga seria destinada então ao 3º colocado do regional, o Sport. Porém, este também recusou o convite, o que levou o CSA a ficar com a vaga, já que havia chegado às semifinais da Copa do Nordeste de 1999.

Na estréia, dia 13 de outubro, o CSA enfrentou no estádio Rei Pelé o também brasileiro Vila Nova de Goiás. A equipe venceu por 2 x 0, com dez jogadores em campo (o lateral Souza havia sido expulso no primeiro tempo), gols de Missinho e Mazinho. Na partida do dia 20, o Vila Nova delvolveu o placar de 2 a 0, porém o CSA venceu na cobrança de pênaltis por 4 x 3 e avançou à fase seguinte. Pela primeira vez em sua história, o CSA faria uma viagem internacional.

O adversário seguinte foi o venezuelano Estudiantes de Mérida. Entretanto, a diretoria do clube foi surpreendida ao descobrir que a maioria dos seus jogadores não possuía passaporte. Após resolver o problema, a delegação embarcou no ônibus rumo à Mérida, escoltado por dois batedores.

No confronto na Venezuela, em 3 de novembro, um empate sem gols. Em Maceió, dia 9, o CSA derrotou o adversário por 3 x 1. Durante a partida, o árbitro paraguaio Bonifacio Núñez expulsou seis jogadores, sendo quatro do Estudiantes e dois do CSA. Mimi abriu o placar logo aos 4 minutos de jogo, cobrando pênalti. O time venezuelano empataria aos 23 minutos, através de Ruberth Morán, também convertendo a penalidade. Pouco tempo depois, Márcio Pereira fez outro gol para o CSA, em cobrança de falta. A bola ainda desviou no zagueiro Gavidia, do Estudiantes, antes de entrar. Márcio Pereira faria mais um, classificando a equipe à fase seguinte.

Na semifinal, outro clube brasileiro no caminho do CSA: o São Raimundo. Em Manaus, derrota azulina por 1x0, dia 17 de novembro. A partida de volta foi dramática. No dia 24 de novembro, jogando em casa, o CSA abriu o marcador aos 14 do primeiro tempo, com um gol de Fábio Magrão. Para desespero dos cerca de 28 mil torcedores que lotavam o Rei Pelé, o São Raimundo igualou o placar aos 20 minutos, em falha da defesa do CSA, que Marcelo Araxá soube bem aproveitar. O resultado eliminava o Azulão. O CSA ainda empatou no último minuto de jogo, após uma falha do goleiro do São Raimundo, que deixou a bola escapar. O zagueiro Givago empurrou-a para as redes e garantiu que a decisão fosse para os pênaltis. O CSA levou a melhor na cobrança de pênaltis, alcançando um feito inédito. Nenhum outro clube do Nordeste havia conseguido estar em uma decisão de competição sul-americana.
A decisão seria contra o Talleres, que fazia boa campanha no Campeonato Argentino daquele ano.

Na primeira partida da final, dia 1º de dezembro, o CSA surpreendeu e aplicou 4 x 2 no adversário, ficando muito perto da conquista. Missinho marcou 3 gols para o CSA, Fabio Magrão marcou outro, enquanto que Aguilar e Astudillo descontaram para o Talleres.
Na Argentina, o CSA sentiu a catimba do adversário logo no desembarque na cidade de Córdoba. Os dirigentes do CSA foram abordados por representantes do Talleres, que afirmavam ter interesse no lateral-esquerdo Williams e em outros jogadores do clube. Também não foi permitido ao CSA treinar no Estádio Olímpico de Córdoba. Eram demonstrações claras da guerra que o clube alagoano enfrentaria na grande decisão do dia 8 de dezembro.

Com apenas quatro minutos de jogo, o CSA já estava com dez em campo. O juiz paraguaio Ricardo Grance expulsou Fábio Magrão por reclamação. O CSA sentiu-se intimidado com a pressão feita pelos argentinos e o técnico Otávio Oliveira recuou o time todo. A modificação no esquema tático do time não obteve êxito: aos 39 minutos, Ricardo Silva abriu o placar para o Talleres. No segundo tempo, Gigena ampliou. E como que dando um tiro de misericórdia, Maidana de cabeça fez 3 x 0. No resultado agregado, o Talleres ficou com o título. Terminava assim o sonho do CSA de se tornar a primeira equipe do Nordeste brasileiro a conquistar uma competição internacional.

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